Presidente do BC fala em extinguir rotativo do cartĂŁo de crĂ©dito e criar parcelamento com juros menores Mecanismo cobraria tarifa extra para desincentivar uso, diz Campos Neto; juro ficaria em cerca de 9% ao mĂȘs. Hoje, crĂ©dito rotativo cobra 15% de juros mensais, patamar Ășnico no mundo.

 O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta quinta-feira (10) que a instituição avalia alternativas para reduzir a inadimplĂȘncia nas operaçÔes com cartĂŁo de crĂ©dito rotativo – que ocorre quando o cliente nĂŁo paga o valor total da fatura e joga a dĂ­vida para o mĂȘs seguinte.


Segundo dados do prĂłprio BC, a inadimplĂȘncia do crĂ©dito atinge cerca de 50% das operaçÔes – um Ă­ndice sem precedentes em outros paĂ­ses.


Nesta quinta, Campos Neto afirmou que uma alternativa seria extinguir o rotativo do cartĂŁo, acionado automaticamente sobre o saldo devedor.


Os juros desse tipo de crĂ©dito sĂŁo considerados abusivos por especialistas – em junho, chegaram a 440% ao ano, a maior taxa do mercado financeiro. Segundo o Banco Central, esse patamar equivale a uma taxa de juros de 15% ao mĂȘs.


Ainda de acordo com Campos Neto, em substituição ao rotativo, o Banco Central avalia enviar o devedor diretamente para um parcelamento desse saldo – com juros de cerca de 9% ao mĂȘs, pouco acima da metade dos 15% atuais.


Campos Neto também citou incÎmodo do BC com o sistema atual de financiamento por cartão de crédito, que permite aos correntistas parcelas compras em até 13 parcelas sem juros. Essa modalidade também não existe no resto do mundo.


"É como se fosse um financiamento de longo prazo sem juros", avaliou o presidente do Banco Central.


Outra alternativa, ainda de acordo com o chefe do BC, seria limitar os juros no cartão de crédito rotativo. Esse cenårio, no entanto, poderia levar os bancos a retirarem o crédito de correntistas com "maior risco" de não honrar a fatura, o que prejudicaria o consumo e o varejo.


Campos Neto informou que a proposta do Banco Central para o cartão de crédito rotativo deve ser apresentada nas próximas semanas.


Segundo ele, hå um projeto de lei ligado ao Desenrola, que estå refinanciando dívidas de inadimplentes, que tem um prazo de até 90 dias para ser apresentado.


Ministro da Fazenda

Em abril, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que iria negociar com as instituiçÔes financeiras uma redução da taxa de juros cobrada nas operaçÔes com o cartĂŁo de crĂ©dito rotativo – a linha de crĂ©dito mais cara do mercado.


"O desenho [do crĂ©dito do cartĂŁo rotativo] estĂĄ prejudicando muito a população de baixa renda. Uma boa parte do que pessoal que estĂĄ no Serasa hoje Ă© por conta do cartĂŁo de crĂ©dito. NĂŁo sĂł, mas Ă© tambĂ©m por cartĂŁo de crĂ©dito. E as pessoas nĂŁo conseguem sair do rotativo. É preciso encontrar um caminho negociado como fizemos com a redução do consignado dos aposentados", declarou ele, na ocasiĂŁo.

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